Justiça
CNJ analisa nesta terça-feira desvios de conduta da juíza Gabriela Hardt, ex-Lava Jato
O empresário Tony Garcia acusa a magistrada de ter se “omitido” diante da denúncia feita por ele contra Sergio Moro e promotores da Operação
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2019/11/GabrielaHardt.jpg)
O Conselho Nacional de Justiça julgará, nesta terça-feira 20, um suposto desvio de conduta cometido pela juíza Gabriela Hardt, que atuou na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato.
A ação no CJN analisa se a magistrada teria se omitido após ser alertada sobre possíveis ilegalidades cometidas pelo ex-juiz Sergio Moro e pelos procuradores da República em Curitiba envolvidos na operação.
A acusação foram feitas pelo empresário Tony Garcia, que alega ter sido um “agente infiltrado” da Lava Jato responsável por gravar autoridades de forma ilegal a pedido da dupla Moro e Deltan Dallagnol.
A defesa do empresário sustenta que Hardt se manteve “inerte” no depoimento de março de 2021, no qual ele relatou supostos “fatos potencialmente criminosos” que teriam sido praticados por Moro e por procuradores do Ministério Público Federal.
No início de junho de 2022, ainda no comando da 13ª Vara, Hardt se declarou suspeita para julgar processos sobre o empresário, por ter protocolado no MPF uma representação contra ele por crime contra a honra.
Em novembro de 2022, ela acolheu um pedido apresentado pelo MPF em 2019 e rescindiu o acordo de colaboração de Garcia, firmado 18 anos antes.
Segundo os advogados, a denúncia feita por Garcia foi levada adiante apenas após o juiz Eduardo Appio, que depois foi afastado da 13ª Vara, tomar providências e enviar o caso ao Supremo.
Em caso de condenação no CNJ, as penas impostas podem variar de advertências até aposentadorias compulsórias.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.
Leia também
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2019/11/GabrielaHardt-300x180.jpg)
Gabriela Hardt deixa Lava Jato e é realocada para Turma Recursal
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/10/53220939420_60c40f26bb_k-300x200.jpg)
Em processo com impacto bilionário, Mendonça convoca empresas da Lava Jato para conciliação sobre multas
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/12/53367069614_b06ca96e6f_k-300x200.jpg)
Lava Jato: processo nas mãos de Mendonça pode gerar mais impacto que as decisões de Toffoli
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/07/Deltan-Dallagnol-Foto-Lula-Marques-300x180.png)
O que as mensagens da Spoofing revelam sobre a relação entre a Transparência Internacional e a Lava Jato
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/07/Sem-Título-5-2-300x173.jpg)