Conselho decide que membros do MP não podem se manifestar contra adoção por casais homoafetivos

O pedido partiu do senador Fabiano Contarato, a fim de combater a LGBTfobia nos processos de adoção e guarda de crianças e adolescentes

Apoie Siga-nos no

O Conselho Nacional do Ministério Público decidiu, nesta terça-feira 8, proibir membros do MP de se manifestarem contra a adoção de crianças e adolescentes com base na orientação sexual dos adotantes. A decisão foi tomada a partir de uma solicitação do senador Fabiano Contarato (PT-ES).

Segundo o petista, o objetivo é evitar casos de LGBTfobia que impeçam casais homoafetivos de finalizar o processo legal de adoção.

“Durante o processo de adoção do Gabriel, passei pelo preconceito de um promotor que, sem pensar no bem do meu filho e no amor que colocamos durante todo o processo, quis negar a adoção alegando que não era possível a dupla paternidade”, destacou Contarato. “Não desistimos. Lutamos pela adoção e pelo Gabriel. E conseguimos. Hoje, ele e Mariana, que também foi adotada por mim e pelo meu marido, Rodrigo, são os amores das nossas vidas.”

Em março, Contarato venceu uma ação movida contra o promotor judicial pela conduta homofóbica durante o processo da adoção de seu filho, em 2017.

O senador reforçou que as autoridades precisam dar atenção ao tema e “olhar para crianças e adolescente que estão em busca de uma família” e podem encontrar um lar a partir da adoção por casais homoafetivos e transgêneros.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.