Fachin vota por obrigar escolas a combater bullying machista e homotransfóbico

O julgamento ocorre no plenário virtual do STF, a partir de uma ação de 2017 do PSOL

Ministro Edson Fachin durante a sessão Plenária no STF realizada no dia 13 de junho de 2024. Foto: Andressa Anholete/SCO/STF

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O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin votou, nesta sexta-feira 21, por reconhecer a obrigação de escolas públicas e particulares de coibir discriminações por gênero, identidade de gênero e orientação sexual.

O objetivo é evitar também o bullying e as discriminações em geral de cunho machista e homotransfóbico.

A Corte julga no plenário virtual uma Ação Direta de Inconstitucionalidade apresentada em 2017 pelo PSOL. Na peça, o partido defende a necessidade de respeitar a identidade de crianças e adolescentes LGBT no ambiente escolar.

A ADI questiona a efetivação de trechos do Plano Nacional de Educação, de 2014.

A erradicação de todas as formas de discriminação é uma diretriz do PNE, mas Fachin ressaltou a “necessidade de explicitação interpretativa a fim de que a norma não incorra em inconstitucionalidade por insuficiência de proteção”.

“Entendo fazer-se necessária a explicitação, no Plano Nacional de Educação, de que a lei está orientada para a finalidade de combate às discriminações de gênero e de orientação sexual, porquanto todo déficit de clareza quanto a estes objetivos conduz a um correspondente decréscimo de adequação técnica da norma.”


O ministro Alexandre de Moraes acompanhou o voto do relator. Os demais magistrados do STF podem se manifestar até a próxima sexta-feira 28.

Leia na íntegra o voto de Fachin:

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