No enceramento do Fórum Jurídico de Lisboa, o ministro Gilmar Mendes, fez um balanço do ‘Gilmarpalooza’ e rejeitou as críticas aos gastos públicos com passagens aéreas e hospedagens. As falas do decano do STF, que é um dos organizadores, foram nesta sexta-feira 28, último dia do evento.
“Não sei avaliar essa questão de valores, pois teria que avaliar vis-à-vis as viagens que são feitas também no Brasil. Alguém publicou essa semana que uma viagem de Brasília a São Paulo custa mais que uma viagem de Brasília a São Paulo. Vejo, portanto, que não tem como avaliar”, disse.
“A todo momento a imprensa publica eventos que estão ocorrendo no Brasil e que custam. É natural que haja custo. Tem que se ter passagem, hospedagem”, disse. “Até agora não conseguimos inventar uma forma de viajar de graça“, brincou o decano do Supremo.
Mendes ressaltou que o evento contou com painéis e convidados de vários espectros políticos. “Tivemos muitas discussões importantes, a questão do comércio internacional, tivemos vários debates sobre os mais diversos temas, da política internacional, da política nacional, das tensões, do processo eleitoral e fake news”, disse.
“O fórum já deixou de ser inteiramente jurídico. Hoje em dia tem uma marca, é o Fórum de Lisboa”, completou o ministro.
Além do anfitrião do evento, também passaram por Portugal os ministro Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Flávio Dino e Luís Roberto Barroso. Autoridades, como os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ronaldo Caiado (Goiás) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) também marcaram presença.
O Fórum Jurídico de Lisboa é organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) – fundado pelo ministro Gilmar Mendes, o atual PGR Paulo Gonet e o ex-PGR Inocêncio Mártires Coelho – junto à Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e o Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Judiciária da Fundação Getulio Vargas.
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