Justiça

Moraes vota para condenar mais 15 réus por participação no 8 de Janeiro

Outros 71 participantes dos atos golpistas já foram condenados pela Suprema Corte

A invasão do Congresso Nacional no 8 de Janeiro. Foto: AFP
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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, votou para condenar mais 15 réus pela participação na tentativa de Golpe de 8 de Janeiro de 2023, em Brasília. O voto foi oficializado por Moraes no sistema do plenário virtual do STF nesta sexta-feira 16. 

As penas propostas pelo ministro relator para os bolsonaristas varia de 12 a 17 anos de prisão, além da condenação ao pagamento de 30 milhões de reais por danos morais. O montante deve ser pago de forma solidária por todos os condenados. 

Esse é o terceiro bloco de processos dos envolvidos nos atos golpistas que depredaram os prédios sedes dos Três Poderes em Brasília julgado em 2024. O grupo responde pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado, Associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. 

Conforme citado, o julgamento acontece no plenário virtual da Corte. O prazo para que os demais apresentem o voto é dia 23 de fevereiro. O julgamento, no entanto, pode ser interrompido por um pedido de vista ou de destaque, o que tiraria a análise do sistema virtual e passaria para o presencial. 

Os réus cujas ações penais estão em julgamento são: 

  • Ana Claudia Rodrigues de Assunção;
  • Ivair Tiago de Almeida;
  • Marcos Roberto Barreto;
  • Edson Carlos Campanha;
  • Viviane dos Santos;
  • Viviane de Jesus Camara;
  • Valmirando Rodrigues Pereira;
  • João de Oliveira Antunes Neto;
  • Joel Borges Correa;
  • Patricia dos Santos Salles Pereira;
  • Janailson Alves da Silva;
  • Jucilene Costa do Nascimento;
  • Silvana Monteiro Furlanetti Ferreira Neto;
  • Maria Carlos Apelfeller;
  • Simone Aparecida Tosato Dias. 

Até o momento, 71 réus já foram condenados pela Corte pela participação na tentativa de golpe de Estado. As penas aplicadas até aqui variam de 3 a 17 anos de prisão.

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