Justiça

Motoristas confirmam greve de ônibus em SP nesta quarta; prefeitura suspende o rodízio

Nos demais horários, os funcionários deverão manter pelo menos metade da frota em operação, segundo a ordem judicial

Créditos: Reprodução Prefeitura de São Paulo
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O sindicato dos motoristas de ônibus da cidade de São Paulo confirmou a greve da categoria para esta quarta-feira 2. A entidade e as empresas de ônibus não chegaram a um acordo em uma reunião realizada no fim da tarde desta terça.

Após o anúncio da paralisação, a prefeitura informou a suspensão do rodízio municipal de veículos ao longo de toda a quarta-feira.

A Justiça de São Paulo determinou, por sua vez, que toda a frota de ônibus esteja nas ruas durante os horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 18h. No restante do dia, os funcionários deverão manter pelo menos metade da frota em operação.

Na decisão, o desembargador Davi Furtado Meirelles, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, registrou que o sindicato das empresas de ônibus, o SPUrbanuss, ofereceu um reajuste salarial de 3,6% aos trabalhadores, além de “eventual variação salarial definida pela Fipe, no salariômetro”, parâmetro que tem sido rejeitado pelos motoristas.

Já o sindicato da categoria, o Sindmotoristas, respondeu que apenas o reajuste salarial não contempla as reivindicações. Entre os pedidos também estão jornada de trabalho de 6h30 com 30 minutos de intervalo remunerado; ticket-refeição de 38 reais diários; participação nos lucros e nos resultados; e seguro de vida de dez salários mínimos para o motorista e de 5% sobre o valor vigente para os demais trabalhadores.

A capital paulista tem uma frota de 12,2 mil ônibus, que operam 1.304 linhas. Em março deste ano, foram transportados, em média, 7,2 milhões de passageiros em dias úteis, segundo a SPTrans.

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