MP defende 3 anos de prisão para Paulo Galo por incêndio em estátua de Borba Gato

Manifestantes incendiaram o monumento em protesto contra homenagem ao bandeirante que escravizou negros e indígenas

Borba Gato, bandeirante ligado ao tráfico de pessoas, tem estátua queimada em São Paulo. Foto: Reprodução/Jornalistas Livres

Apoie Siga-nos no

O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça a condenação de um dos réus acusados de incendiar a estátua de Borba Gato, na Zona Sul da capital paulista.

O órgão defendeu prisão de três anos para o motoboy Paulo Roberto da Silva Lima, o Galo, por atear fogo no monumento, erguido em homenagem ao bandeirante paulista que escravizou negros e indígenas. 

A promotoria pediu, porém, a absolvição de outros dois acusados: o motorista por aplicativo Danilo Silva de Oliveira, o Biu, e o motorista de caminhão Thiago Vieira Zem.

Os atos ocorreram em 24 de julho de 2021. O pedido do MP foi feito em audiência em setembro, mas revelado nesta quinta-feira 24 pelo G1.

O processo aguarda as alegações finais dos réus e será posteriormente analisado pelo magistrado responsável pelo caso. Os três acusados, que chegaram ser presos à época do incêndio, aguardam o resultado em liberdade. 

Paulo Galo confessou ter ateado fogo na estátua para abrir um debate público. Nas redes sociais, ele compartilhou cenas do ato e afirmou que continua a confiar na luta pela retirada da estátua. 


“Eu continuo sem arrependimentos e acreditando que seremos uma sociedade melhor no futuro! O Ministério Público acerta em absolver Biu e Thiago! Paz a luta continua”, escreveu Galo. 

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.