O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deflagrou, na manhã desta terça-feira 9, uma operação contra dirigentes de empresas de ônibus suspeitos de praticar lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das principais organizações criminosas do País.
Até o momento, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão. As diligências foram cumpridas na capital e em cidades do interior, como Barueri, São José dos Campos, São Bernardo do Campo, Itu, Cotia, Guarujá e outras.
Segundo informações da TV Globo, foram presos os empresários Elio Rodrigues dos Santos, Joelson Santos da Silva, Luiz Carlos Efigênio Pacheco e Robson Flares Lopes Pontes.
A empresa de ônibus envolvida no caso é conhecida como Transwolff. Por conta das investigações, a Justiça de São Paulo determinou que a SPTrans assuma de maneira imediata as operações da empresa na capital paulista.
Além disso, a Justiça determinou que o órgão estatal assuma as funções da Upbus, que gerencia as linhas da Zona Leste da capital. Os indícios de ligação da companhia com o caso não são de hoje: em 2022, por exemplo, a Justiça bloqueou 40 milhões de reais em bens por conta de suspeitas por prática de lavagem de dinheiro.
Nas investigações, os agentes apuraram a relação das empresas citadas com o PCC, apontando que os grupos eram utilizados para lavagem de dinheiro. Uma outra empresa de transporte coletivo, conhecida como Transunião, já foi alvo de operações relacionadas ao caso.
A ação de hoje conta com o maior efetivo já usado em uma operação do Ministério Público. No total, são 340 policiais militares em atuação, bem como 106 viaturas, além de agentes de inteligência.
As defesas dos alvos da operação deflagrada pelo MP-SP ainda não se manifestaram sobre a ação de hoje.
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