Justiça

Nunes Marques autoriza inquérito contra Bivar por ameaças ao novo presidente do União Brasil

Antonio de Rueda acusa o parlamentar de ameaçar de morte ele e sua família, em meio a uma briga pelo comando da sigla

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF
Apoie Siga-nos no

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal abra um inquérito para apurar supostas ameaças feitas pelo deputado federal e ex-presidente do União Brasil, Luciano Bivar (PE), contra o advogado e novo dirigente da sigla, Antonio de Rueda.

A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República, que deu aval à apuração em 5 de abril. O caso tramita em sigilo na Corte.

Rueda acusa o parlamentar de ameaçar de morte ele e sua família, em fevereiro, em meio a uma briga pelo comando do União. O partido foi criado em 2021, a partir da fusão entre Democratas e PSL.

Foi a defesa do novo presidente da legenda que pediu a investigação no Supremo após um incêndio destruir duas casas de sua família no litoral de Pernambuco.

A representação contra Bivar foi apresentada à Delegacia Especial de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Distrito Federal. Por se tratar de um deputado em exercício, o caso foi enviado ao STF.

Os advogados de Rueda afirmam que há uma “pluralidade de indícios” que ligam o parlamentar ao incêndio, “ainda que não se possa afirmar solenemente a autoria do deputado no caso”. Para a defesa, o episódio “revela a escalada da violência política”.

No dia 20 de março, Bivar acabou afastado da presidência do União. O mandato dele só terminaria em maio, mas o partido resolveu antecipar sua saída após a ferrenha briga com Rueda.

O prazo para a conclusão do inquérito é de 60 dias. Depois dessa etapa, a PF deverá apresentar um relatório e, na sequência, a PGR decidirá se apresenta ou não denúncia contra Bivar.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo