PGR pede arquivamento de procedimento que apura interferência de Bolsonaro no Iphan

O vice-procurador entendeu não haver provas da materialidade do crime de advocacia administrativa

Foto: Sergio Lima/AFP

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou pelo arquivamento da investigação, em trâmite no Supremo Tribunal Federal, que analisa uma possível interferência do presidente Jair Bolsonaro no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

Segundo a notícia-crime apresentada pelo senador Alessandro Vieira e pela deputada Tábata Amaral, Bolsonaro teria demitido servidores após uma loja da Havan, de propriedade do empresário bolsonarista Luciano Hang, ser interditada. 

A ação pedia a apuração de um possível crime de advocacia administrativa. No entanto, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, entendeu não haver provas convincentes da materialidade e pediu o arquivamento do procedimento. 

Em dezembro, o chefe do Executivo afirmou em um evento da Federação das Industrias do estado de São Paulo (Fiesp) que demitiu diretores do Instituto após a interdição do estabelecimento comercial.

O pedido será analisado pelo ministro André Mendonça, nomeado por Bolsonaro em dezembro. 


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