Justiça
PGR reforça pedido para Meta entregar vídeo publicado e apagado por Bolsonaro
O órgão reiterou uma solicitação já acatada pelo STF para que a mídia seja anexada ao inquérito sobre incitação aos atos de 8 de Janeiro
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/06/000_33LM277.jpg)
A Procuradoria Geral da República reiterou o pedido para a Meta, dona do Facebook e do Instagrm, ser obrigada a entregar um vídeo publicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em janeiro deste ano, no qual um procurador de Mato Grosso defendia que Lula (PT) teria vencido a eleição em razão de fraude no voto eletrônico. A alegação endossada pelo ex-capitão é falsa.
O pedido consta de uma manifestação encaminhada nesta segunda-feira 4 ao Supremo Tribunal Federal pelo coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, Carlos Frederico Santos.
O órgão ainda solicita a fixação de um prazo de 48 horas para o cumprimento do envio, já determinado pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.
Na manifestação, o coordenador da PGR reforçou que o pedido de preservação do vídeo e inclusão no inquérito sobre os atos de 8 de Janeiro ocorreu em 13 de janeiro e foi acatado por Moraes, que ainda tornou Bolsonaro investigado por incitação aos ataques golpistas.
A PGR destacou que, passados 11 meses do pedido e da determinação judicial, o material ainda não foi acrescido ao inquérito. Em julho, o MPF já havia reiterado a solicitação, que segue sem resposta. “Não obstante as determinações judiciais, o MPF não foi intimado acerca do cumprimento das ordens judiciais, ou seja, não há informações da preservação e entrega do vídeo pela empresa Meta INC”, pontuou Carlos Frederico.
Além de repetir os termos dos requerimentos já acolhidos por Moraes, o coordenador pediu a fixação de uma multa diária de 100 mil reais em caso de descumprimento da ordem, sob a justificativa de que o material solicitado “é fundamental para que o titular da ação penal possa ajuizar eventual denúncia contra o ex-presidente da República”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/12/Captura-de-Tela-2023-12-04-às-16.19.26-300x206.png)
Longe do PSDB, Alckmin e Doria se reencontram após acusação de traição política
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/12/Captura-de-Tela-2023-12-04-às-15.00.50-300x179.png)
Juíza manda veículos apagarem matérias sobre delação contra presidente da Assembleia do Paraná
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/11/Sem-Título-7-3-300x173.jpg)
‘Invejável currículo’: relator da indicação para o STF defende o histórico jurídico de Dino
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2019/08/Eduardo-Bolsonaro-Foto-Billy-Boss-Câmara-dos-Deputados-300x180.png)
Eduardo Bolsonaro diz ser ‘bem difícil’ que o Senado barre a indicação de Dino
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/07/flavio_dino-300x180.jpg)