Procuradores da República apontaram falta de matéria-prima para a produção da vacina contra a Covid-19 no laboratório da Fundação Oswaldo Cruz, encarregada de produzir e envasar o imunizante da Universidade de Oxford.
Em ofício encaminhado nesta quarta-feira 20 à Procuradoria-Geral da República, os representantes do Ministério Público Federal pedem que o Ministério da Saúde e o Ministério das Relações Exteriores informem sobre as medidas adotadas para garantir o material necessário.
Assinam o documento nove procuradores de diferentes estados: Amazonas, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Eles destacam que a Fiocruz ainda não recebeu o estoque do Ingrediente Farmacêutico Ativo para a produção da vacina e que a entrega estava prevista para 9 de janeiro. Escrevem ainda que o estoque do Instituto Butantan, responsável pela vacina da Sinovac, é suficiente somente para produção até o fim de janeiro.
Os procuradores dizem ter confirmado a dificuldade no recebimento do estoque da matéria-prima na Fiocruz, por meio de contatos periódicos com servidores federais do instituto. A fundação estaria enfrentando problemas na finalização do processo de importação do material, mesmo caso do Butantan.
O ofício pede providências para agilizar o processo de compra do material na China e de entrega ao Brasil. Também solicita análise sobre eventual medida que possa ser adotada pela PGR, com auxílio do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia Covid-19 e da Secretaria de Cooperação Internacional do MPF.
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