RS não consegue acordo para encerrar a dívida, mas União antecipará R$ 680 milhões ao estado

Representantes da AGU, da OAB, do governo do RS e da PGR participaram, nesta terça-feira 25, de uma audiência de conciliação

Ministro Luiz Fux durante Audiência de conciliação sobre as dívidas do Rio Grande do Sul. Foto: Andressa Anholete/STF

Apoie Siga-nos no

O governo federal e o governo do Rio Grande do Sul não chegaram a um acordo sobre a ação da Ordem dos Advogados do Brasil que tenta extinguir a dívida do estado com a União devido à catástrofe climática que castigou o território gaúcho em maio.

Representantes da Advocacia-Geral da União, da OAB, do governo do RS e da Procuradoria-Geral da República participaram, nesta terça-feira 25, de uma audiência de conciliação convocada pelo ministro Luiz Fux, relator do processo no Supremo Tribunal Federal.

O advogado-gerla da União, Jorge Messias, argumenta que o governo federal suspendeu a dívida por 36 meses e adotou medidas emergenciais para combater a crise. O governador Eduardo Leite (PSDB), por sua vez, pondera que o RS precisará de mais recursos para reparar os estragos e diz que a ação da OAB tem “elementos sólidos”.

Apesar das divergências sobre o perdão à dívida de 100 bilhões de reais, o governo federal se comprometeu a antecipar 680 milhões de reais para o estado. O ministro extraordinário de apoio ao RS, Paulo Pimenta (PT), anunciou ainda o pagamento de 5 bilhões de reais em precatórios das Justiças estadual, federal e do trabalho no exercício de 2025.

Uma nova audiência foi agendada para discutir o tema em 13 de agosto. Na semana passada, o governo federal publicou no Diário Oficial da União uma medida provisória que autoriza o envio de 17,5 bilhões de reais em crédito extraordinário para as regiões atingidas pelas enchentes.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.