O ministro do Superior Tribunal de Justiça Raul Araújo negou dois pedidos feitos pela defesa de Cláudio Castro (PL) para tentar anular acordos de delação premiada que acusam o governador do Rio de Janeiro de receber propina em contratos fraudulentos quando ocupava os cargos de vereador e vice-governador. A informação é do G1.
Os delatores são o empresário e ex-assessor Marcus Vinícius Azevedo da Silva e o ex-funcionário da Servlog Bruno Selem.
Em sua colaboração, Silva afirmou que Castro participava de um esquema com desvio de dinheiro de assistência social da Fundação Leão XIII. Segundo o depoimento do ex-assessor, os desvios começaram durante o mandato de vereador do atual governador.
Castro também estaria envolvido em acordos que teriam como beneficiária a Servlog, que assinou contratos milionários com a gestão municipal no Rio de Janeiro e com o governo estadual.
Na delação, Selem afirmou que em 2019 Castro teria recebido propina de cerca de 100 mil reais de Flávio Chadud, dono da empresa.
Uma manifestação apresentada pela Procuradoria-Geral da República nesta segunda-feira 5 aponta a existência de indícios sobre a continuidade de crimes de corrupção supostamente praticados por Castro.
A defesa do governador pediu a anulação das delações alegando que Marcus Vinicius não esclarecia integralmente o funcionamento dos supostos esquemas de corrupção, conforme exigiam os termos do acordo.
Quanto à delação de Selem, os advogados afirmam que os depoimentos, tomados em novembro de 2019, foram conduzidos sem qualquer tipo de gravação ou registro audiovisual.
Raul Araújo discordou dos pontos levantados pelo governador e afirmou que as delações seguiram os trâmites devidos à época.
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