Suspeitos de ocultação de corpos de Bruno e Dom obtêm liberdade provisória

O indigenista e o jornalista foram mortos no Vale Javari, na região Amazônica, em junho

O indigenista Bruno Pereira à esquerda e o jornalista Dom Phillips à direita - Foto: Reprodução/Redes Sociais e Marcos Corrêa/PR

Apoie Siga-nos no

A Justiça Federal do Amazonas determinou a liberdade provisória ao pescador Laurimar Lopes Alves, conhecido como Caboclo, um dos suspeitos do assassinato e ocultação dos corpos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. 

O suspeito estava preso desde agosto, junto com o primo Amarildo Costa de Oliveira, que é apontado como o responsável pela ocultação dos cadáveres. Laurimar é um dos invasores mais recorrentes das terras indígenas do Vale do Javari, segundo informação da Univaja. 

A decisão entendeu que há excesso de prazo da prisão preventiva e arbitrou uma fiança de 2 mil reais e o comparecimento mensal à Justiça do suspeito.

“Essa prisão já dura algo como três meses e prisões preventivas não podem ser mantidas por longos períodos sem motivos bem fortes”, argumentou o juiz Fabiano Verli. O magistrado ainda ressaltou que novas informações não foram apresentadas pelo Ministério Público Federal durante o período.

Outro suspeito do crime, que também está em liberdade provisória, é Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia, apontado como o mandante do crime.

Bruno e Dom foram mortos em 6 de junho, durante visita à terra indígena para produção de um documentário sobre os crimes que ocorrem na região. 


Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.