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A corrida contra o tempo em Papua-Nova Guiné para evacuar 8 mil pessoas por ameaça de deslizamento

‘É como uma bomba ou um disparo, e as rochas seguem caindo’, descreveu administrador provincial

Registro do local de deslizamento na província de Enga, em Papua-Nova Guiné, em 27 de maio de 2024. Foto: AFP/International Organization for Migration/Mohamud Omer
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Papua-Nova Guiné começou a evacuar 7.900 pessoas de cidades vizinhas ao local de um grande deslizamento de terra, diante do temor de que a tragédia se repita, anunciou nesta terça-feira 28 uma autoridade provincial.

“Estamos tentando retirá-las”, disse Sandis Tsaka, administrador provincial de Enga. “A todo momento você ouve rochas se partindo, é como uma bomba ou um disparo, e as rochas seguem caindo”, descreveu, acrescentando que é aguardada a chegada de policiais e militares para interditar as áreas mais perigosas.

O povoado de Yambali foi quase totalmente destruído quando parte do monte Mungalo desabou, na madrugada de sexta-feira, e atingiu centenas de casas e moradores que dormiam.

O centro nacional de desastres de Papua-Nova Guiné teme que mais de 2 mil pessoas tenham sido soterradas, embora apenas cinco corpos e uma perna tenham sido retirados dos escombros.

Os trabalhos de resgate foram afetados pela dificuldade de acesso ao local, que fica em uma área montanhosa, e por conflitos tribais, que dificultam o deslocamento por uma estrada.

Segundo Tsaka, moradores começaram a cavar com as mãos em busca de familiares. O administrador visitou o local em duas ocasiões e contou que ele foi devastado: “Essa era uma área muito povoada, com casas, lojas, igrejas e escolas, e foi tudo destruído. Agora parece a superfície da Lua, só há rochas.”

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