Mundo

África do Sul acusa Israel na CIJ de participar de ‘atos de genocídio’

Israel nega que seu Exército esteja fazendo uso desproporcional da força em sua guerra contra o movimento islamista Hamas em Gaza

Foto: JACK GUEZ / AFP
Apoie Siga-nos no

A África do Sul acusou Israel perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ) de participar de “atos de genocídio contra o povo palestino em Gaza“, anunciou o tribunal, principal órgão judicial das Nações Unidas, nesta sexta-feira (29).

Em sua solicitação, a África do Sul afirma que os “atos e omissões de Israel são de caráter genocida, pois são acompanhados da intenção específica requerida (…) de destruir os palestinos de Gaza como parte do grupo nacional, racial e étnico mais amplo dos palestinos”, anunciou a CIJ, com sede em Haia, em um comunicado.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel não demorou a reagir.

“Israel repudia com desgosto a difamação (…) da África do Sul e seu recurso junto à Corte Internacional de Justiça”, escreveu o porta-voz do ministério, Lior Haiat, na rede social X (antigo Twitter).

Israel nega que seu Exército esteja fazendo uso desproporcional da força em sua guerra contra o movimento islamista Hamas em Gaza.

O conflito iniciou-se em 7 de outubro, após o sangrento ataque do Hamas em Israel, que deixou cerca de 1.140 mortos, principalmente civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números israelenses.

Os combatentes islamistas também capturaram cerca de 250 pessoas, e metade delas ainda está retida no pequeno território palestino, de acordo com as autoridades israelenses.

Em resposta ao ataque, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e lançou uma intensa ofensiva aérea e terrestre que deixou pelo menos 21.507 mortos, em sua maioria mulheres e menores de idade, de acordo com o último balanço do ministério da Saúde do Hamas, que governa Gaza desde 2007.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo