África do Sul pede à Corte de Haia medidas urgentes contra Israel por ataques em Gaza

Em janeiro, a CIJ exigiu que Israel evitasse qualquer ato de 'genocídio' no território palestino

Uma coluna de fumaça continua subindo em Rafah, cidade na fronteira entre Gaza e Egito. Foto: AFP

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A África do Sul pediu à Corte Internacional de Justiça novas medidas de urgência contra Israel devido à intervenção militar que impede a entrada de ajuda para os palestinos na superpopulosa cidade de Rafah, no sul da Faixa, informou o tribunal nesta sexta-feira 10.

Está é a terceira vez desde dezembro que a África do Sul pede medidas contra Israel na mais alta instância judicial da ONU.

Em janeiro, a CIJ exigiu que Israel evitasse qualquer ato de “genocídio” em Gaza e permitisse a entrada de ajuda humanitária.

Israel classificou as acusações como “escandalosas”.

Nesta nova solicitação, a África do Sul argumenta que “a situação resultante do ataque israelense a Rafah” implica em “novos acontecimentos que ocasionam danos irreparáveis aos direitos do povo palestino de Gaza”, afirmou a CIJ em um comunicado.

As autoridades buscam que a instância judicial ordene Israel a se “retirar imediatamente e cessar sua ofensiva militar” em Rafah, além de “tomar imediatamente todas as medidas efetivas para garantir e facilitar o acesso sem obstáculos” da ajuda humanitária a Gaza.


Há meses, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaça ordenar que suas tropas invadam Rafah, onde estão cerca de 1,4 milhão de palestinos, a maioria deslocados pela guerra, por considerar a região como o último reduto do Hamas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou nesta sexta-feira que uma ofensiva terrestre israelense nesta localidade causaria uma “catástrofe humanitária épica”.

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