Alemães compram toda cerveja da cidade para acabar com festival neonazista

Sem a bebida, festival perdeu em público para o protesto que acontecia ao mesmo tempo do lado de fora do evento

Apoie Siga-nos no

Uma pequena cidade chamada Ostritz, no leste da Alemanha, foi o lugar escolhido para receber um festival musical chamado “Shield and Sword”, que ocorreu neste mês de junho. O evento foi uma forma de reunião com integrantes de grupos de extrema-direita, incluindo forte presença de neonazistas.

O que eles não esperavam era que os moradores da pequena cidade não gostaram da ideia de sediar um festival neonazista e resolveram boicotar o evento de uma forma bem afrontosa: acabando com o estoque de cerveja da cidade.

 

Segundo a agência de notícias Deustche Welle, a polícia já havia confiscado 4.200 litros de cerveja, por conta de uma ordem judicial para que o evento não tivesse álcool disponível por questões de segurança. Mas os moradores resolveram dar uma ajuda para a polícia.

“Para nós, era importante passar a mensagem: ‘Há pessoas aqui em Ostritz que não toleram este evento, que defendem valores diferentes e que tentam ser modelos para as outras. Não queremos festivais deste tipo na nossa cidade'”, afirmou a prefeita da cidade, Marion Prange.

No fim, houve um número maior de policiais e de pessoas protestando contra o festival do lado de fora do que no próprio festival em si: duas mil pessoas protestavam fora do evento e 1.400 policiais foram deslocados para fazer a segurança, enquanto 600 pessoas apenas acompanhavam os shows.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.