Mundo
Alemanha suspende vacinação com a AstraZeneca
A decisão foi tomada após notificação de efeitos colaterais do imunizante
A Alemanha está suspendendo o uso da vacina contra a Covid-19 do laboratório anglo-sueco AstraZeneca “como medida preventiva” após a notificação de efeitos colaterais, anunciou o Ministério da Saúde nesta segunda-feira 15
O Instituto Médico Paul-Ehrlich, que assessora o governo, “acredita que outros exames (são) necessários” após a formação de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas na Europa, afirmou um porta-voz do ministério, enquanto vários países já tomaram tal medida.
Esta decisão ocorreu “após novas informações sobre trombose das veias cerebrais vinculadas à vacinação na Alemanha e Europa”, de acordo com a mesma fonte.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) “decidirá se essas novas constatações (desses efeitos colaterais) vão repercutir na autorização da vacina”, acrescentou o porta-voz.
O ministro da Saúde alemão Jens Spahn fará um discurso para a população hoje à tarde.
Há uma semana, vários países suspenderam a vacinação da AstraZeneca após constatarem sérios problemas sanguíneos em alguns vacinados.
A Áustria foi o primeiro, suspendendo um lote de vacinas em 8 de março por causa da morte de uma enfermeira que recebeu uma dose da AstraZeneca. A mulher, de 49 anos, morreu por uma má coagulação sanguínea.
Depois, outros países – entre eles a Itália – suspenderam alguns lotes isolados. Vários países escandinavos (Dinamarca, Noruega e Islândia) foram mais longe e suspenderam todas as vacinas da AstraZeneca, seguidos pela Holanda no domingo.
A vacina da AstraZeneca é uma das três usadas na Alemanha, enquanto uma quarta – a da Johnson & Johnson – já recebeu a aprovação das autoridades europeias e será distribuída entre meados e final de abril, de acordo com o ministro da Saúde.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.