Mundo

Ao menos 31 jornalistas morreram no conflito entre Israel e o Hamas

É o maior número de jornalistas mortos desde 1992 em conflitos entre Israel e grupos palestinos

Registro mostra o fogo sobre Gaza durante ataques israelenses, em 27 de outubro de 2023. Foto: Yousef Hassouna/AFP
Apoie Siga-nos no

Pelo menos 31 jornalistas morreram desde o ataque do Hamas em território israelense, em 7 de outubro, incluindo 26 palestinos, quatro israelenses e um libanês, informou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), sediado nos Estados Unidos.

Em um comunicado, o CPJ, que contabiliza as vítimas em Israel, na Faixa de Gaza e na fronteira libanesa, também reportou oito feridos e nove jornalistas desaparecidos ou detidos. Este é o maior número de mortes para jornalistas encarregados de cobrir este conflito desde que o CPJ foi criado, em 1992, segundo a organização.

Na segunda-feira, o comitê publicou uma lista com os nomes das vítimas e especificou que os dados se baseavam em “informações coletadas através de fontes do CPJ na região e informações publicadas pela mídia”.

O CPJ também explicou que ainda estão sendo realizadas investigações e verificações para confirmar o desaparecimento ou morte de outros jornalistas.

“O CPJ destaca o importante trabalho realizado por jornalistas e civis em tempos de crise e insiste que eles não devem ser alvo das partes [envolvidas] no conflito”, disse Sherif Mansour, coordenador da região do Oriente Médio e do norte da África, no comunicado.

O CPJ também destacou o “risco particularmente alto” enfrentado pelos jornalistas na Faixa de Gaza. Devido ao bloqueio israelense e à falta de acesso através do Egito, apenas jornalistas palestinos estão na Faixa, fornecendo imagens e informações aos veículos de comunicação internacionais.

Os jornalistas e os civis presentes em Gaza sofrem com os bombardeios e as operações terrestres do Exército de Israel. O abastecimento de água é limitado e o acesso à Internet foi cortado durante três dias, até ser restabelecido na noite de segunda-feira.

O comitê não divulgou números, mas relatou ataques contínuos, detenções, ameaças, censura e assassinato de familiares de jornalistas que trabalham em Gaza.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo