Mundo
Após Biden chamar Putin de ‘assassino’, Rússia convoca seu embaixador nos EUA
Governo russo analisará ‘o que é preciso fazer ou até aonde é preciso ir’ depois da declaração do norte-americano
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/03/Untitled-2020-03-03T081857.806.jpg)
A Rússia anunciou nesta quarta-feira 17 que chamou seu embaixador em Washington para consultas, apesar de ter afirmado que deseja evitar a “degradação irreversível” das relações com os Estados Unidos.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Anatoli Antonov foi convocado “para analisar o que é preciso fazer ou até aonde é preciso ir”, após o presidente norte-americano, Joe Biden, dizer que o presidente russo, Vladimir Putin, é um “assassino”.
“O novo governo americano está no poder há quase dois meses, o marco histórico dos cem dias não está longe, é um bom pretexto para tentar avaliar o que convém à equipe Biden e o que não convém”, acrescentou o ministério.
“Para nós, o essencial é determinar quais podem ser os meios de retificar as relações russo-americanas, que se encontram em uma fase difícil e que Washington levou para um beco sem saída nesses últimos anos”, acrescentou a chanceleria.
Biden disse em uma entrevista televisiva que Putin é um “assassino” e alertou que ele “pagará as consequências”.
Biden não especificou se estava se referindo ao envenenamento do opositor russo Alexei Navalny em agosto, que segundo os Estados Unidos é responsabilidade da Rússia. O ativista foi preso ao retornar ao seu país após passar cinco meses na Alemanha. Washington exige sua libertação.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.