Após onda de protestos nos EUA, manifestação pró-Palestina agita universidade de elite francesa

O grupo pede o fim da 'repressão das vozes pró-palestinas no campus' e o encerramento de contratos da Sciences Po com empresas de Israel

Foto: Dimitar DILKOFF / AFP

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Um grupo de estudantes bloqueou nesta sexta-feira o prestigioso centro educacional francês Sciences Po Paris para pedir uma “condenação clara das ações de Israel” em Gaza, um protesto na esteira dos realizados em universidades americanas.

A renomada escola superior de Ciências Políticas vive desde a noite de quinta-feira um bloqueio de seu edifício histórico no centro da capital francesa, cuja entrada amanheceu obstruída com material de construção e lixeiras.

Na manhã desta sexta-feira era possível ver pelas janelas que estudantes passaram a noite no local, vestidos com kufiyas, e bandeiras palestinas penduradas em apoio à sua luta.

O comitê Palestina do Sciences Po pede “uma condenação explícita das ações de Israel” em Gaza e o “fim da colaboração” a todas as “instituições” consideradas cúmplices da “opressão sistêmica ao povo palestino”, afirmou.

O grupo pede o fim “à repressão das vozes pró-palestinas no campus”, após o centro de elite ser acusado de permitir que o antissemitismo floresça.

A AFP não conseguiu contato com a direção do centro.


A nova ação ocorre quando os protestos em defesa dos palestinos se multiplicam em universidades dos Estados Unidos, embora na França ainda não ocorram de forma ampla.

O presidente do Conselho Representativo de Instituições Judaicas da França (Crif), Yonathan Arfi, considerou “perigosa” a mobilização, embora não ocorra “em massa”, afirmou ao canal LCI.

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