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Arábia Saudita anuncia 1.301 mortes de peregrinos no hajj, em meio ao forte calor

Segundo o governo saudita, 83% dos mortos não estavam autorizados a participar da grande peregrinação muçulmana

Registro do hajj no topo do Monte Arafat, em 15 de junho de 2024. Foto: Fadel Senna/AFP
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A Arábia Saudita anunciou, neste domingo 21, que 1.301 peregrinos morreram durante a grande peregrinação muçulmana do hajj, realizada recentemente no país sob calor intenso, e ressaltou que a maioria dos falecidos não tinha autorização para participar do encontro anual.

“Infelizmente, o número de mortos chegou a 1.301, dos quais 83% não estavam autorizados a participar do hajj. Eles percorreram longas distâncias debaixo de sol, sem abrigo ou conforto adequado”, reportou a agência de notícias oficial saudita.

Na semana passada, um balanço feito pela AFP com base em comunicados e boletins oficiais de diplomatas envolvidos nas respostas de seus respectivos países estimou o número de mortos em mais de 1.100.

Diplomatas árabes disseram à AFP que entre os falecidos há 658 egípcios – 630 deles peregrinos não registrados.

Riade não havia comentado publicamente as mortes ou fornecido seu próprio balanço até este domingo.

Na sexta-feira, no entanto, um alto funcionário saudita divulgou um balanço parcial de 577 mortos nos dois dias mais movimentados do hajj: 15 de junho, quando os peregrinos se reuniram para horas de oração sob um sol abrasador no Monte Arafat, e 16 de junho, quando eles participaram do ritual do “apedrejamento de satanás” em Mina.

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