Ataque a faca em igreja na França deixa ao menos três mortos e feridos

Agressor foi detido e está gravemente ferido. Ainda não há informações sobre sua identidade

Oficiais go grupo de elite da polícia diante da Basílica de Notre-Dame, no centro de Nice, após o ataque a faca que matou, ao menos, três pessoas na cidade da Riviera Francesa AFP - VALERY HACHE

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Três pessoas morreram e várias ficaram feridas em um ataque com faca nesta quinta-feira 29 em Nice, no sul da França. O atentado aconteceu às 9h locais (5h de Brasília) dentro da basílica Notre-Dame de Nice.

 

 

As vítimas seriam um homem e uma mulher, de acordo com a imprensa local. A mulher teria sido decapitada e o homem, ferido com diversos golpes de faca no pescoço. O balanço ainda é provisório. Uma terceira vítima, que conseguiu fugir da igreja e se esconder em um comércio nas proximidades, morreu em decorrência dos ferimentos de acordo com o prefeito de Nice, Christian Estrosi.

Logo após o ataque, a polícia fez uma operação no local e tiros foram ouvidos pela vizinhança. O agressor foi detido e está gravemente ferido. Ainda não há informações sobre sua identidade. O presidente francês, Emmanuel Macron, deve chegar no final desta manhã à cidade.Todas as igrejas foram fechadas.


O ataque será investigado pela divisão antiterrorista. O novo ataque acontece duas semanas após a decapitação do professor Samuel Paty, na região de Paris, que provocou comoção nacional.

 

 

Tensão nos últimos dias

O professor Samuel Paty, de 47 anos, foi morto no último dia 16 após mostrar caricaturas do profeta Maomé em uma aula sobre a liberdade de expressão. Pouco depois de deixar a escola onde trabalhava na pequena cidade de Conflans-Saint-Honorine, em Yvelines, na região parisiense, por volta das 17h, o educador foi decapitado por um terrorista, um jovem de 18 anos de origem chechena.

Na semana passada, durante uma homenagem ao professor na Sorbonne, o presidente Emmanuel Macron defendeu a liberdade de expressão e o uso de caricaturas satíricas, como as do profeta Mohamed mostradas pelo professor Samuel Paty. Desde então, vários países muçulmanos, como a Turquia, tem endurecido o tom de crítica e alimentado um boicote à França.

Nice já foi alvo de um violento ataque em 2016, que deixou 84 mortos e 200 feridos durante uma queima de fogos na festa nacional francesa.

 

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