Mundo

O que se sabe sobre o ataque a tiros em Roterdã, na Holanda, que deixou 3 mortos

Até o momento, as motivações do crime são desconhecidas, segundo as autoridades

Policiais em Roterdã após ataque a tiros deixar dois mortos. Foto: Bas Czerwinski/ANP/AFP
Apoie Siga-nos no

Três pessoas foram mortas por um homem vestindo um uniforme de combate que abriu fogo contra um apartamento e um hospital em Roterdã, na Holanda, nesta quinta-feira 28. Uma adolescente está entre as vítimas.

O autor do ataque, de 32 anos, teria agido sozinho e foi preso. Até o momento, suas motivações são desconhecidas.

“Não podemos dizer nada sobre a motivação deste ato terrível neste momento. A investigação ainda está em curso”, declarou o procurador-geral, Hugo Hillenaar.

As autoridades informaram que o indivíduo, alto e de cabelos pretos, vestia uniforme de combate e colete à prova de balas e levava uma mochila.

Em um primeiro momento, ele invadiu um apartamento, matou a tiros uma mulher de 39 anos e feriu gravemente a filha dela, de 14, que morreu no hospital.

Em seguida, o agressor se dirigiu ao hospital Erasmus MC, onde matou um professor de 46 anos em uma sala de aula, antes de provocar um incêndio nas instalações.

“Primeiro houve tiros no quarto andar. Foram quatro ou cinco disparos. Depois, um coquetel molotov foi lançado” na parte universitária do hospital, disse um estudante de medicina citado pela RTL Nieuws.

“Foi um drama, um verdadeiro drama”, disse à AFP Angeliek Vleesenbeek, uma paciente do hospital. Ela estava tomando um café do lado de fora do estabelecimento quando policiais começaram a gritar para as pessoas buscarem abrigo em uma escola próxima.

“Mandaram que ficássemos onde estávamos e não pudemos mais sair”, lembrou. “Ficamos aí por várias horas com outros pacientes, enfermeiras e médicos. Vi uma das testemunhas chorar.”

A polícia informou que o suspeito pelo ataque, que foi estudante no hospital, tem ficha por maus-tratos contra animais.

Unidades de elite da polícia invadiram o hospital, enquanto profissionais de saúde tentavam evacuar os pacientes em poltronas e macas.

“É inacreditável”, disse o médico Matthijs van der Poel, citado pela edição online do jornal Algemeen Dagblad. “Todo mundo está em choque e acompanha as notícias horrorizado.”

Roterdã costuma ser cenário de ataques a tiros, geralmente atribuídos a acertos de contas entre quadrilhas de narcotraficantes rivais.

Em 2019, três pessoas foram mortas a tiros na cidade de Utrecht. Em 2011, o país ficou em choque quando Tristan van der Vlis, de 24 anos, matou seis pessoas e feriu outras dez em um ataque em um centro comercial em Alphen aan den Rijn, 30 quilômetros ao norte de Roterdã.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo