Bachelet pede a Conselho de Segurança que proteja direitos das mulheres no Afeganistão

Bachelet pediu que 'todos os Estados usem sua influência com os talebans para promover o respeito aos direitos humanos fundamentais'

Afeganistão entra em nova fase política após retomada do Taleban. Foto: Bulent Kilic/AFP

Apoie Siga-nos no

A alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu nesta terça-feira (18) ao Conselho de Segurança que “garanta que os autores de violações e abusos” no Afeganistão, particularmente contra mulheres e meninas, “sejam responsabilizados”.

“Diante de uma catástrofe humanitária em uma escala sem precedentes, o país precisa que todo o seu povo se reúna. A negação dos direitos humanos de mulheres e meninas está prejudicando enormemente a economia e o país como um todo”, afirmou durante uma reunião de vídeo com o Conselho de Segurança.

A discussão aconteceu durante um encontro virtual convocado por iniciativa da Noruega para desenvolver um debate sobre a violência contra a mulher no país.

“Faço um chamado adicional aos Estados que criem caminhos seguros e programas de reassentamento para as defensoras dos direitos humanos das mulheres afegãs e que encerrem imediatamente a deportação de mulheres afegãs em busca de proteção”, acrescentou.

Desde agosto passado, com o retorno do Taleban ao poder, “muitas defensoras de direitos humanos, jornalistas, advogados e juízas afegãs foram forçadas a fugir ou se esconder, muitas vezes após repetidas ameaças. Muitas perderam todas as suas fontes de renda”, acrescentou a ex-presidente chilena.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.