Pela primeira vez, Cesare Battisti admitiu envolvimento em quatro assassinatos durante interrogatório feito na prisão pelo procurador Alberto Nobili, responsável pelo grupo antiterrorista da cidade italiana de Milão, afirmam jornais italianos.
Battisti, capturado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, depois de fugir do Brasil, sempre negou participação nos homicídios e se declarava vítima de perseguição política. Criminoso comum, o italiano aderiu mais tarde ao grupo Proletários Armadas pelo Comunismo.
Segundo o procurador-geral de Milão, Francesco Greco, Battisti admitiu “suas responsabilidades” em quatro assassinatos, no ferimento de três indivíduos e em muitos roubos feitos pela formação terrorista que integrava nos anos 1970.
O criminoso declarou ter matado dois alvos e ser o mandante de outros dois homicídios, informou o jornal La Repubblica.
As mortes, teria afirmado, fariam parte de uma “guerra justa”. Por quase 40 anos, Battisti ficou foragido e morou na França e no Brasil. Em 2009, o ex-presidente Lula concedeu refúgio, mas a decisão foi revista em dezembro do ano passado por Michel Temer, que autorizou a extradição. O italiano fugiu do País, mas foi preso em janeiro na Bolívia.
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