Mundo

Biden e Trump fazem campanha na Geórgia, um estado potencialmente decisivo

O sistema eleitoral americano funciona de maneira que o que conta não é a maioria dos votos a nível nacional, mas em cada estado

Foto: AFP
Apoie Siga-nos no

Joe Biden e Donald Trump estarão ao mesmo tempo neste sábado 9 na Geórgia, um estado do sul dos Estados Unidos onde o presidente democrata venceu por pouco em 2020 e que pode voltar a ser decisivo nas eleições deste ano.

Biden decidiu ir para a cidade de Atlanta para mobilizar o eleitorado afro-americano e latino.

“O que está em jogo nestas eleições não poderia ser maior” para esses eleitores, declarou sua diretora de campanha, Julie Chávez Rodríguez, em comunicado à imprensa, afirmando ter recebido o apoio de três “comitês de ação política” relacionados a essas duas comunidades.

Os “comitês de ação política” são fundos de investimento vinculados a um candidato, a um partido ou a uma causa mais ampla, que intervêm em todas as eleições americanas.

Seu papel é crucial na atual campanha presidencial, anunciada como a mais cara da história do país.

A campanha de Biden acabou de anunciar que gastará 30 milhões de dólares (149 milhões de reais) em anúncios televisivos. O primeiro deles começou a ser veiculado no sábado em canais nacionais e em estados que prometem ser muito disputados: Michigan, Pensilvânia, Wisconsin, Geórgia, Nevada e Carolina do Norte.

Donald Trump, que, salvo surpresas, será o candidato do Partido Republicano contra Biden em novembro, se dirigirá aos seus seguidores às 22h00 GMT (19h em Brasília) na Geórgia.

Acossado pela Justiça, o magnata de 77 anos é acusado, entre outras coisas, de tentar reverter a seu favor os resultados das eleições de 2020 na Geórgia.

O sistema eleitoral americano funciona de maneira que o que conta não é a maioria dos votos a nível nacional, mas em cada estado.

Em 2020, Biden venceu Trump na maioria dos estados-pêndulo, aqueles que costumam oscilar a cada eleição entre democratas e republicanos. Entre eles estão a Geórgia, mas também Michigan e Wisconsin, para onde ele irá na próxima semana. Na Geórgia, a vantagem final a favor de Biden foi de apenas 12.000 votos.

Para a eleição de novembro, as pesquisas colocam Trump na frente na maior parte desses estados-chave.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo