Biden não confirmou de forma independente supostas decapitações de crianças pelo Hamas, diz Casa Branca

Biden havia dito a líderes judeus que viu "imagens de terroristas decapitando crianças"

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Foto: Saul Loeb/AFP

Apoie Siga-nos no

A Casa Branca contradisse o presidente norte-americano Joe Biden nesta quarta-feira 11 e disse ele não viu nem confirmou de forma independente que o grupo Hamas decapitou crianças israelitas.

O esclarecimento surge depois de Biden ter dito aos líderes judeus na Casa Branca que “é importante que os americanos vejam o que está acontecendo. Eu tenho feito isso há muito tempo. Nunca pensei que veria ou confirmaria imagens de terroristas decapitando crianças”.

As informações são do canal NBC News. Segundo a emissora, funcionários do governo afirmaram que Biden estava se referindo a relatos de Israel e da mídia local sobre as supostas crianças decapitadas.

O Hamas negou que seus integrantes tenham decapitado crianças ou atacado mulheres. O porta-voz do grupo, Izzat al-Risheq, alegou em um comunicado, nesta quarta-feira 11, haver mentiras “sendo espalhadas sobre nosso povo palestino e a resistência, alegando que membros da resistência palestina decapitaram crianças e atacaram mulheres sem nenhuma evidência para apoiar tais afirmações e mentiras”.

“Condenamos veementemente as alegações fabricadas e infundadas promovidas numa tentativa de encobrir os massacres, crimes e genocídio cometidos em Gaza”, completou.

Até o momento, a marca é de cerca de 2,3 mil mortos, de ambos os lados e em proporções bastante semelhantes. Conforme os balanços mais recentes, há aproximadamente 1,2 mil mortos no lado israelense e 1,1 mil entre os palestinos.


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.