Biden volta a endurecer discurso contra Netanyahu e diz que estratégia militar em Gaza é um “erro”

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O presidente americano, Joe Biden. REUTERS - Elizabeth Frantz

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Em entrevista ao canal de televisão Univision, de língua espanhola, divulgada nesta terça-feira (9), o líder norte-americano voltou a endurecer o discurso contra Israel, seu aliado no Oriente Médio.

“Acho que o que ele está fazendo é um erro. Não concordo com a estratégia de Netanyahu […] O que eu peço, o que os israelenses pedem é um cessar-fogo, e que eles autorizem pelas próximas seis ou oito semanas um acesso total à entrega de comida e medicamentos em Gaza”, afirmou Biden.

Insistindo ainda no apelo para uma eventual trégua no território palestino, o presidente norte-americano lembrou que tem mantido diálogo com os estados vizinhos a Israel, que estariam prontos a oferecer ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza, segundo Biden.

“Falei com todos, desde os sauditas, aos jordanianos e aos egípcios […] Eles estão preparados para transportar esses alimentos. E acho que não há desculpa para não atender às necessidades médicas e alimentares dessas pessoas. Isso deveria ser feito agora”, disse o presidente dos EUA.

As novas críticas de Biden acontecem dias depois da conversa por telefone com o primeiro-ministro israelense, quando afirmou que o apoio contínuo dos Estados Unidos dependeria das ações de Israel para proteger os civis de Gaza.

Além de Joe Biden, outros atores globais reforçam o discurso a respeito do auxílio humanitário. Em março desde ano, cinco ONGs apresentaram uma petição ao Supremo Tribunal de Israel na esperança de que as autoridades “respeitassem as suas obrigações como potência ocupante”, fornecendo toda a ajuda necessária à população civil de Gaza.


Nesta quarta-feira (10), o premiê israelense deve dar explicações à corte israelense sobre o nível de ajuda humanitária ao território palestino ameaçado pela fome.

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