Mundo
Bolsonaro quebra tradição e não envia representante para posse na Argentina
Essa é a primeira vez em 16 anos que a posse de um presidente argentino não terá a presença de um representante do alto escalão brasileiro
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Untitled-32.jpg)
O presidente Jair Bolsonaro anunciou, na manhã desta segunda-feira 09, que não enviará um representante do governo brasileiro para acompanhar a posse do novo presidente da Argentina, Alberto Fernández. Essa é a primeira vez que isso ocorre em 36 anos de relação diplomática entre os dois países.
Bolsonaro havia anunciado que o ministro Osmar Terra (Cidadania) comparecia à posse, mas desistiu de enviar qualquer representante do primeiro escalão do governo. Segundo o Palácio do Planalto, representará o Brasil na posse, por enquanto, apenas o embaixador em Buenos Aires, Sérgio Danese.
“Primeiro, quando eu assumi aqui, não convidei algumas autoridades também”, justificou Bolsonaro que não convidou o presidente de Cuba e Venezuela para sua posse, em janeiro deste ano.
Fernández venceu as eleições presidenciais no dia 27 de outubro. O peronista tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner, ex-aliada dos governos petistas. Eles derrotaram o atual presidente Maurício Macri, que contou com o apoio de Bolsonaro nas eleições.
Brasil e Argentina são países que possuem relações econômicas positivas. Segundo Bolsonaro, nada mudará. “O nosso comércio com a Argentina continua sendo da mesma forma. Sem problema nenhum. Não vai interferir em nada”, disse.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.