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Brasileiro que tentou atirar em Cristina se recusa a prestar depoimento

Fernando Sabag Montiel admitiu, porém, ser o dono da arma e recorreu a expressões racistas em audiência, diz jornal argentino

Fernando Andrés Sabag Montiel, preso por tentar disparar contra Cristina Kirchner. Foto: Reprodução
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O brasileiro preso após tentar atirar na vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, recusou-se a prestar depoimento à juíza María Eugenia Capuchetti e ao fiscal Carlos Rívolo, na sexta-feira 2.

Segundo o jornal La Nación, porém, Fernando Sabag Montiel admitiu ser o dono da arma com a qual tentou disparar contra a líder peronista. Também recorreu a expressões racistas ao afirmar ter sofrido golpes em seu rosto no momento de sua detenção.

Quando questionado sobre o momento em que sacou a arma para atirar em Cristina, afirmou que se negava a falar e que faria novas declarações posteriormente, quando pudesse ter acesso a todas as evidências.

A investigação tenta identificar se Montiel agiu sozinho ou faz parte de uma conspiração. Ele é acusado de tentativa de homicídio, que pode ser qualificado. Uma condenação pode levá-lo a cumprir uma pena de 23 anos de prisão.

Ao todo, 24 testemunhas já prestaram depoimento sobre o atentado, a maioria policiais e militantes presentes no local. Na sexta 2, a Polícia Federal argentina encontrou 100 balas de calibre nove milímetros na casa de Fernando Montiel.

Em sua oitiva, Cristina relatou não ter percebido que um homem sacou uma arma e tentou disparar contra ela. “Em nenhum momento se deu conta do ataque. Só se inteirou quando subiu ao seu apartamento”, diz um trecho do testemunho, divulgado pelo site Pagina 12.

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