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Briga de família

O golpe militar no Gabão reflete a disputa no interior da oligarquia que manda no país há décadas

Tensão. As forças armadas alegam fraude na eleição de Ali Bongo, herdeiro de uma dinastia política. As quarteladas na África se sucedem – Imagem: AFP e Jonathan Hordle/FCDO
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O general do Exército Brice Clotaire Oligui Nguema, autoproclamado novo líder do Gabão, na África Ocidental, prometeu “virar a página” de mais de meio século de desgoverno da família de Ali Bongo Ondimba, presidente deposto. O novo começo pode, no entanto, revelar-se ilusório, pois Nguema seria um primo de Ali Bongo. O mais recente drama golpista na África parece ter começado como uma briga familiar.

Como assistente pessoal do presidente Omar Bongo, Nguema ocupou uma posição influente nos círculos dominantes do Gabão. Mas, quando Ali Bongo assumiu o poder, após a morte do pai, em 2009, Nguema foi efetivamente banido. Parece que a amizade terminou entre Bongo filho e o ex-confidente de seu pai. O furor provocado pelas eleições presidenciais do mês passado, marcadas por fraude, deu a Nguema a oportunidade esperada.

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