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Bucha de canhão

A disputa entre facções da elite política insuflam as ruas do Cazaquistão

Ninguém ainda foi capaz de explicar as causas dos distúrbios
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Para muitos cazaques, a história completa por trás dos distúrbios recentes permanece tão obscura quanto a neblina que ao mesmo tempo envolveu Almaty, a maior cidade do país e centro da violência. Os cidadãos não conseguiam acessar informações precisas, porque um apagão na internet congelou quase todo o acesso ao mundo exterior durante os trágicos dias de violência, quando veículos militares circularam pelas ruas, prédios governamentais foram queimados e a televisão estatal transmitiu ameaças contínuas de que “bandidos e terroristas” seriam eliminados sem piedade.

Agora, tanto a ordem quanto a ­internet foram amplamente restauradas, mas ainda há mais perguntas do que respostas. Uma coisa está clara: muitas das antigas suposições sobre o Cazaquistão, nação da Ásia Central rica em recursos, foram derrubadas. No mês passado, o ­país comemorou o trigésimo aniversário de sua independência, com discursos oficiais a salientar a imagem pacífica e próspera, que de modo geral evitou a agitação política e se orgulhava de uma política externa independente e “multivetorial”. Ao que parece, o Cazaquistão conseguiu até mesmo administrar com sucesso a complicada transição de poder de seu antigo presidente, Nursultan Nazarbayev, que liderou o país desde a independência, em 1991, até 2019, para seu sucessor escolhido pessoalmente, Kassym-Jomart Tokayev.

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