Mundo

Câmara Baixa do Chile aprova aborto livre até as 14 semanas

A iniciativa foi aprovada em coincidência com um dia de manifestações a favor do aborto no Chile e em outros países

Um ativista usa uma máscara lendo “Aborto 2020”. Foto: JUAN MABROMATA / AFP Um ativista usa uma máscara lendo “Aborto 2020”. Foto: JUAN MABROMATA / AFP
Apoie Siga-nos no

A Câmara Baixa do Chile aprovou nesta terça-feira (28) o projeto de descriminalização do aborto até as 14 semanas de gestação, uma iniciativa que agora deverá ser votada no Senado.

“Com 75 votos a favor, 68 contra e 2 abstenções, a Câmara aprova o projeto para descriminalizar o aborto consentido pela mulher nas primeiras catorze semanas de gestação”, informou a Câmara dos Deputados no Twitter.

A moção, que foi submetida ao Congresso em 2018 por deputadas progressistas da oposição, busca alterar a atual lei do aborto, em vigor desde 2017, que só o permite em três circunstâncias.

São elas: risco de vida para a mulher durante a gravidez, o fato apresentar uma doença congênita ou genética de natureza letal ou a gravidez ser resultado de um estupro.

O Código Penal chileno estabelece três penas de prisão para as outras causas.

“Aprovada a descriminalização do aborto! Isso é por todas as mulheres e pessoas gestantes que foram perseguidas e criminalizadas, principalmente as de menos recursos”, disse no Twitter a deputada comunista Camila Vallejo, uma das promotoras da moção.

“Abaixo o patriarcado, que vai cair, vai cair! Pra cima o feminismo, que vai vencer, vai vencer”, acrescentou Vallejo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo