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Cerco total da Faixa de Gaza, anunciado por Israel, é proibido pelo direito internacional

Na segunda, o governo de Israel anunciou que deixaria a Faixa de Gaza sem água, comida, eletricidade, gás e combustível em resposta aos ataques do Hamas

Palestino em um dos locais destruídos pelas centenas de ataques israelenses contra a ofensiva do Hamas. Foto: Mahmud HAMS / AFP
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O cerco total da Faixa de Gaza anunciado na segunda-feira 9 pelo ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, é proibido pelo direito internacional humanitário, declarou a ONU em um comunicado divulgado nesta terça 10.

“A imposição de cercos que põem em perigo a vida de civis, privando-os de bens essenciais à sua sobrevivência, é proibida pelo direito internacional humanitário”, afirmou o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.

Na segunda, após informar a recuperação de áreas na região, Gallant disse que deixaria Gaza em um cerco total ‘sem eletricidade, comida, água e gás’. “Tudo bloqueado”, resumiu o oficial. A medida visa segurar o avanço do Hamas, que iniciou sua ofensiva militar no sábado.

Quarto dia de conflito

O conflito entre Israel e o Hamas entrou, nesta terça-feira, no quarto dia. De acordo com o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), neste período, já são mais de 187.500 deslocados na região.

Neste terça, Israel anunciou ter feito 200 ataques contra a ofensiva islâmica, tendo encontrado, segundo sua versão, 1.500 corpos de integrantes do Hamas após os ataques.

O balanço mais recente indica quase 1.600 mortos, sendo 900 em Israel, 687 na Faixa de Gaza e sete na Cisjordânia. O número de feridos ainda é incerto.

(Com informações de AFP)

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