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Chile condena militares por morte de opositores em 1973

Justiça chilena sentencia 11 militares reformados por envolvimento no assassinato de 15 pessoas na ditadura de Augusto Pinochet

No Chile de Pinochet, os militares foram poupados da capitalização (Foto: Reprodução)
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A Justiça chilena condenou nesta sexta-feira 11 militares reformados por seu envolvimento nas mortes de 15 opositores em 1973, durante a ditadura de Augusto Pinochet. As penas variam de três a 15 anos de prisão.

Os crimes ocorreram na cidade de La Serena pela “Caravana da Morte”, um grupo militar sob o comando do general Sergio Arellano Stark e responsável pelo assassinato de 100 presos políticos em todo o Chile.

Os corpos das vítimas foram colocados em uma vala comum do cemitério local. Eles foram descobertos e identificados apenas em 1998.

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Na época do crime, as autoridades chilenas chegaram a publicar uma nota confirmando a execução de “15 extremistas, em cumprimento do que foi decidido por tribunais militares em tempos de guerra”.

O coronel Ariosto Lapostol Orrego, chefe do regimento responsável pelos assassinatos, foi condenado a mais de 15 anos de por homicídio. O general Juan Emilio Cheyre, ex-comandante-chefe do Exército entre 2002 e 2006, recebeu uma pena de três anos por ter acobertado o  crime.

Cheyre é a mais alta figura das Forças Armadas a ser condenado por abusos cometidos durante a ditadura.

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