Mundo
Coreia do Norte dispara míssil balístico no mar
A Guarda Costeira do Japão relata que um segundo míssil teria sido disparado
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/08/000_32FK9AE.jpg)
A Coreia do Norte disparou ao menos um míssil balístico em direção ao mar, informou a agência sul-coreana Yonhap nesta quarta-feira 19 (tarde de terça em Brasília), horas depois de um submarino americano com ogivas nucleares atracar em um porto sul-coreano.
O lançamento foi reportado pelo Estado-Maior do Exército da Coreia do Sul, segundo a Yonhap, que acrescentou que os militares ainda estavam analisando o tipo de míssil disparado. O objeto caiu no Mar do Leste, também conhecido como Mar do Japão.
Por sua vez, a Guarda Costeira do Japão relatou que um segundo míssil teria sido disparado, segundo a agência Kyodo.
O lançamento é o último de uma série de testes armamentistas de Pyongyang e acontece no momento em que Seul e Washington incrementam sua cooperação em defesa diante do aumento das tensões com a Coreia do Norte.
Na terça-feira, os dois países aliados mantiveram a primeira reunião do Grupo Consultivo Nuclear, em Seul, e anunciaram a chegada de um submarino americano de propulsão nuclear ao porto de Busan pela primeira vez desde 1981.
Essa movimentação pode levar a uma resposta mais forte da Coreia do Norte, que não costuma aceitar a presença de ativos nucleares dos EUA no entorno da península coreana.
O lançamento também acontece menos de uma semana depois de o líder Kim Jong Un supervisionar pessoalmente o disparo do mais novo míssil balístico intercontinental do país, o projétil movido a combustível sólido Hwasong-18.
A diplomacia entre Pyongyang e Seul está estagnada e Kim pediu que seu regime acelerasse o desenvolvimento de armamentos, incluindo armas nucleares táticas.
Em resposta, Seul e Washington realizaram exercícios militares conjuntos com jatos furtivos avançados e outros ativos americanos estratégicos.
Além disso, o lançamento acontece após Washington confirmar, na terça-feira, que acredita que um soldado americano foi detido na Coreia do Norte após cruzar a fronteira altamente vigiada entre Norte e Sul.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.