O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou a deportação, a partir desta semana, de 1,5 mil estrangeiros que cumprem condenações nos centros penitenciários do país.
De acordo com o jornal El Universo, o governo deve começar com cidadãos da Colômbia, da Venezuela e do Peru, por serem países mais próximos. O presidente afirmou que as deportações vão reduzir a superlotação das prisões e os gastos com alimentação.
Segundo a agência Reuters, os colombianos, venezuelanos e peruanos representam 90% dos presos no Equador.
A decisão ocorre após o reconhecimento pelo governo da existência de um “conflito interno armado”, decretado na terça-feira 9. Na mesma data, criminosos invadiram uma emissora de televisão ao vivo.
O governo também havia decretado estado de exceção no país, por causa da fuga do narcotraficante Fito. Em um período de 60 dias, a população terá de obedecer a um toque de recolher na madrugada.
Com essas medidas, o governo autoriza os militares a realizarem operações excepcionais de combate à criminalidade. Bancadas legislativas já consideram a concessão de perdões para esses agentes.
À rádio equatoriana Canela TV, Noboa afirmou que o país atravessa “um momento muito duro” e que o seu governo “vai proteger os cidadãos”.
Além disso, o presidente disse que juízes e fiscais que ajudarem os líderes de grupos terroristas identificados pelo Estado também serão considerados parte da “rede de terrorismo”.
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