Cristina Kirchner reforça que não será candidata à Presidência da Argentina

'Não serei um animal de estimação do poder para nenhuma candidatura', afirmou a líder peronista em carta publicada nesta terça-feira 16

Ato de Cristina Kirchner em La Plata em 17 de novembro de 2022. Foto. Luís Robayo/AFP

Apoie Siga-nos no

A vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, reforçou que não será candidata à Presidência na eleição de outubro. Ela publicou uma carta nesta terça-feira 16.

“Eu já disse isso em 6 de dezembro de 2022. Não serei um animal de estimação do poder para nenhuma candidatura. Tenho demonstrado, como ninguém, privilegiar o projeto coletivo sobre a posição pessoal”, afirmou a ex-presidenta, principal expoente do peronismo do século XXI no país.

Quando o presidente Alberto Fernández anunciou, em 20 de abril, que não concorreria à reeleição, naturalmente as atenções se voltaram a Cristina. Uma expressão que ganhou fôlego nos últimos meses – e que aparecia com cada vez mais frequência no noticiário – é “operativo clamor”. A mais popular figura política da Argentina é vista por muitos peronistas como a mais capaz de impedir a volta da direita ao poder.

Embora a palavra de ordem “Cristina presidenta” estivesse na boca de militantes, porém, o caminho para concretizá-la não era simples. Em dezembro de 2022, CFK anunciou que não seria candidata no pleito deste ano, logo depois de ser condenada por corrupção em um caso que ela classifica como mero pretexto para retirá-la, de uma vez por todas, do xadrez eleitoral.

A condenação prevê a inabilitação perpétua para cargos públicos. Cristina, porém, ainda teria instâncias judiciais para recorrer, o que lhe abriria o caminho para se lançar à Casa Rosada.

“Como venho defendendo há muito tempo, não se trata apenas da proscrição de uma pessoa, mas do peronismo. Embora alguns, por mesquinhez ou mediocridade, o tenham negado recorrendo a tecnicalidades, a realidade voltou a confirmá-lo”, escreveu Cristina nesta terça.


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.