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Déjà vu

Teriam os argentinos se esquecido da experiência de dolarização dos anos Menem-Cavallo?

Menem, “avô” político de Milei, não era Nero, mas tinha Cavallo como conselheiro – Imagem: Daniel Garcia/AFP
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Às vésperas da eleição presidencial vencida por Javier Milei, o jornal ­Pagina 12 publicou um artigo de Carlos Heller. O economista argentino relembra os acontecimentos de 10 de julho de 1980.  “O então ministro da Economia da ditadura civil-militar, José Alfredo Martínez de Hoz, anunciou em rede nacional de televisão uma nova etapa do plano econômico implementado desde abril de 1976. Lá sustentou: ‘O governo das Forças Armadas não apenas extirpou a subversão terrorista, mas oxigenou moralmente nossa vida econômica’. Além disso, resumiu os eixos de sua gestão em 12 pontos. A maioria deles continha a palavra liberdade”, anotou.

Heller prossegue: “A liberdade de preços, a eliminação do controle de preços, liberdade de operações cambiais com a eliminação dos controles cambiais, liberdade­ de comércio exterior com a eliminação dos monopólios de exportação, por exemplo, de grãos e carnes, liberdade de exportação através da eliminação de proibições e impostos de exportação, liberdade de importação, através da eliminação de proibições, contingentes, licenças e da aplicação de um programa de redução pautal durante um período de cinco anos, a liberdade das taxas de juro e a implementação da reforma financeira que abre o setor à concorrência interna e externa”.

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