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Derrotado nas urnas, ‘Bolsonaro paraguaio’ é preso por incitar atos contra a vitória de Santiago Peña

O ultradireitista Paraguayo Cubas foi preso enquanto fazia uma transmissão ao vivo no Facebook em San Lorenzo

Paraguayo Antonio Cubas. Foto: NORBERTO DUARTE / AFP)
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A Polícia Nacional do Paraguai prendeu o terceiro colocado na disputa pela presidência do país sul-americano por incitar atos contra o resultado das eleições, ocorridas no último domingo 30.

O pedido de prisão contra Paraguayo Cubas, extremista comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), partiu do Ministério Público.

O ultradireitista foi detido enquanto fazia uma transmissão ao vivo no Facebook em San Lorenzo, localizado a quase 100 quilômetros da capital Assunção.

Cubas está preso na sede do Agrupamento Especializado da Polícia. Ele disputou a presidência do Paraguai contra o liberal Efraín Alegre e o economista de direita Santiago Peña – que foi eleito pelo Partido Colorado.

Menos de 24 horas após o resultado das eleições, extremistas foram à sede do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral protestar contra a vitória de Penã sob a alegação de fraude eleitoral, manifestações semelhantes às organizadas por apoiadores de Bolsonaro após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.

Peña obteve 42,7% dos votos, contra 27,4% do seu principal rival, Efraín, da coalizão de centro-esquerda Concertación Nacional. Cubas ficou com 22,9% dos votos.

De acordo com o MP paraguaio, o extremista estaria a atentar contra a paz pública e teria incitado a prática de atos puníveis. Mais de uma centena de apoiadores do político foram presos durantes os atos antidemocráticos nos últimos três dias.

Apesar das alegadas fraudes, divulgadas por Cubas nas redes sociais, organismos internacionais como a Organização dos Estados Americanos e a União Europeia atestaram a lisura do processo eleitoral.

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