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Documentos dos EUA lançam dúvidas sobre contraofensiva ucraniana, diz relatório

O texto aponta ‘persistentes deficiências ucranianas em treinamento’ e dificuldades para o abastecimento de munição

Os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da Rússia, Vladimir Putin. Foto: Ludovic Marin e Grigory Sysoyev/AFP
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A Inteligência americana tem sérias preocupações sobre a viabilidade de uma contraofensiva ucraniana sobre as forças militares russas, devido a problemas com treinamento e abastecimento de munições, de acordo com um documento divulgado pelo Washington Post nesta terça-feira 11.

O relatório faz parte de um lote de material altamente confidencial que vazou na internet, o que deu origem a uma investigação criminal. O Pentágono indicou que tal vazamento representa um risco “muito sério” à segurança nacional.

A Ucrânia se prepara para lançar uma contraofensiva sobre as tropas russas na parte oriental do país durante a primavera no Hemisfério Norte (a partir de setembro).

No entanto, o documento indica que a defesa russa e as “persistentes deficiências ucranianas em treinamento e o abastecimento de munição provavelmente dificultarão o progresso e aumentarão as baixas durante a ofensiva”, informou o jornal.

Outro registro vazado sugeriu que o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, ordenou a produção de 40 mil foguetes para enviar à Rússia e pediu às autoridades que mantivessem a solicitação em segredo para “evitar problemas com o Ocidente”, disse o Post em um relatório separado.

Washington, por sua vez, negou a alegação.

“Não temos indícios de que tal plano tenha sido executado”, disse um funcionário de alto escalão americano. “O Egito é um parceiro próximo e estamos regularmente envolvidos com sua liderança em uma série de questões regionais e globais.”

Nos últimos dias, dezenas de fotos de documentos foram compartilhadas nos principais sites e redes sociais, como Twitter, Telegram e Discord, embora algumas delas possam estar em circulação na internet por semanas ou até meses.

Além de informações sobre a Ucrânia, os documentos incluem análises confidenciais de aliados dos Estados Unidos.

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