El Salvador: família de ex-assessor de Bukele denuncia sinais de tortura em seu corpo

Após a prisão de Muyshondt, em 9 de agosto de 2023, Nayib Bukele o acusou de ser um 'agente duplo'

Nayib Bukele Foto: Marvin RECINOS / AFP

Apoie Siga-nos no

A família do ex-assessor de segurança nacional do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, exigiu explicações sobre a sua morte, denunciando que o corpo apresentava sinais de suposta “tortura”.

“Ficamos com um mar de dúvidas, um oceano de dúvidas sobre como aconteceu a morte”, disse Lucrecia Landaverde, advogada da família do falecido, Alejandro Muyshondt, à mídia local.

O ex-assessor de Bukele, que estava preso, morreu na última quarta-feira 7 em um hospital público enquanto estava sob custódia do Estado.

“O corpo apresenta vários hematomas, múltiplas evidências de que foi torturado de alguma forma”, afirmou a advogada.

Na sexta-feira, Landaverde foi com a mãe do falecido, Patricia Álvarez, a uma promotoria da zona sul de San Salvador, para obter um documento que certificasse a morte de Muyshondt, mas não teve sucesso.

Álvarez disse aos jornalistas, sem citar nomes, que o seu filho “foi silenciado” e vítima de “assédio” ao estilo “Klaus Barbie”, um agente alemão durante o regime nazista envolvido em crimes contra a humanidade.


Após a prisão de Muyshondt, em 9 de agosto de 2023, Bukele o acusou de ser um “agente duplo” após fazer acusações contra um deputado pró-governo, acusado de “falsidade ideológica” em um documento.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.