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Ele não larga o osso

Joe Biden resiste à pressão e recusa-se, por ora, a abandonar a disputa presidencial, para desespero dos democratas

Um Biden catatônico fez a festa de Trump no debate – Imagem: Andrew Caballero-Reynolds/AFP
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O desempenho humilhante de Joe Biden no primeiro debate da campanha presidencial, organizado pela CNN, tornou incontornáveis duas perguntas que há muito se instalaram na cabeça dos eleitores, políticos, doadores e estrategistas: não está na hora de o atual presidente jogar a toalha e admitir a falta de condições físicas e cognitivas para concorrer à reeleição? Se a resposta for sim, quem poderia substituí-lo à altura e impedir o retorno de ­Donald Trump à Casa Branca?

Na terça-feira 2, uma pesquisa encomendada pela própria CNN, conduzida pela SSRS, revelou: os eleitores estariam mais propensos a apoiar um candidato democrata alternativo contra Trump do que a escolher Biden. O nome que melhor atende às expectativas, segundo o levantamento, é o de Kamala Harris. Uma ­disputa entre Trump e Biden, aponta a sondagem, daria hoje ao republicano uma vitória por 6 pontos porcentuais, 49% a 43%. Mas, se o republicano enfrentasse a vice-presidente, as chances de os democratas manterem o controle da Casa Branca aumentariam significativamente. Em um confronto hipotético, 47% dos eleitores ouvidos na pesquisa apoiam Trump e 45%, Harris. Empate técnico. Nenhum outro nome do Partido Democrata testado na pesquisa consegue um desempenho semelhante. Gavin Newsom, o celebrado governador da Califórnia, perderia por 48% a 43%. Pete Buttigieg, secretário de Transportes, seria derrotado por 47% a 43%, enquanto Gretchen Whitmer, governadora do Michigan, não passaria de 42%, contra 47% do ex-presidente.

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