Esporte

Em meio à disputa da Eurocopa, jogadores franceses celebram derrota da extrema-direita

A seleção mostrou estar atenta ao cenário político mesmo às vésperas dos momentos decisivos do campeonato

Jules Koundé foi um dos jogadores a celebrar a derrota da extrema-direita francesa - Foto: Patricia de Melo Moreira / AFP
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A derrota da extrema-direita nas eleições legislativas francesas foi celebrada por jogadores da seleção de futebol masculino do país. O time, que briga pelo título da Eurocopa, o campeonato europeu de seleções, é formado majoritariamente por descendentes de imigrantes.

Mesmo estando há várias semanas na Alemanha, onde acontece o campeonato, os jogadores da seleção mostraram estar ligados ao cenário político do país de origem, e muitos falaram abertamente sobre os resultados da votação.

Uma das manifestações mais contundentes veio do defensor Jules Koundé. Sem meias palavras, ele disse que sentiu “alívio equivalente à preocupação das últimas semanas”.

“Parabéns a todos os franceses, que se mobilizaram para que este lindo país não seja governado pela extrema-direita”, escreveu em postagem no X (antigo Twitter).

O atacante Marcus Thuram usou a ferramenta stories do Instagram para destacar a derrota da extrema-direita. Ele compartilhou um gráfico que mostrava as projeções e celebrou os resultados.

“Parabéns a todos que responderam ao perigo que rondava nosso belo país. Viva a diersidade, viva a República, viva a França. A luta continua”, escreveu.

Outro atacante, Ousmane Dembélé, foi mais um a utilizar stories para se manifestar. Além de mostrar a projeção da composição da Assembleia Nacional, ele postou uma foto em que aparece sorridente.

Um dos destaques da equipe, o meio-campo Aurélien Tchouaméni, que joga pelo Real Madrid, escreveu no X que o resultado das eleições legislativas foi “a vitória do povo” da França.

Desta vez, o astro da equipe, Killian Mbappé, não se manifestou publicamente nas redes sociais. Ele foi, porém, um dos nomes mais influentes da sociedade francesa nos dias que anteceram o segundo turno das eleições.

“Mais do que nunca, temos que ir votar. É realmente urgente. Não podemos deixar o país nas mãos destas pessoas. Vimos os resultados. É catastrófico”, afirmou durante entrevista coletiva que antecedeu o confronto das quartas de final, em que os franceses eliminaram a equipe de Portugal.

A França joga nesta terça-feira 9 contra a Espanha em busca de uma vaga na final do torneio. A outra semifinal acontece no dia seguinte, e terá as seleções da Holanda e da Inglaterra.

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