Mundo
Em Québec, busca por vacina sobe 300% após restrição de álcool e maconha a não imunizados
Além desta, outras medidas já estão em vigor no local, como a exigência do passaporte vacinal e toque de recolher
Após determinar a restrição da venda de álcool e maconha para não vacinados, a província de Québec, no Canadá, registrou um aumento de 300% na procura das doses contra a Covid-19.
A medida, que entrará em vigor na próxima semana, fez explodir o número dos agendamentos. A média diária, que beirava 1.500 pessoas, saltou para 6 mil.
Segundo Christian Dubé, ministro da Saúde da província, o objetivo é proteger o sistema de saúde e proteger a população imunizada.
“Este é um primeiro passo que estamos dando. Se os não vacinados não estiverem satisfeitos, há uma solução muito simples: vão tomar a sua primeira dose, é fácil e de graça“, disse Dubé. “Se você não quer se vacinar, não saia de casa”, completou o ministro.
Além desta, outras medidas já estão em vigor, como a exigência do passaporte vacinal para entrada em estabelecimentos e toque de recolher entre as 22h e 5h. Escolas, universidades, cinemas, bares e restaurantes estão fechados desde o final de dezembro.
Conforme dados do governo de Québec, 84,9% da população já tomou pelo menos a primeira dose dos imunizantes. No momento, os não vacinados representam metade dos pacientes internados em unidades de terapia intensiva.
A província apresenta alta de pacientes hospitalizados e um déficit de profissionais aptos a trabalhar, dado que muitos estão afastados por contraírem a doença.
Québec também avalia impor a cobrança de uma “taxa sanitária” aos não vacinados. No entanto, a medida ainda depende de aprovação e regulamentação.
“Todos os adultos em Quebec que não aceitarem ir tomar pelo menos uma primeira dose nas próximas semanas terão uma conta a pagar porque há consequências em nosso sistema de saúde e não cabe a todos os cidadãos de Quebec pagarem por isso”, afirmou o governador da província, François Legault.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.