Embaixador brasileiro na ONU reitera pedido de cessar-fogo no Leste Europeu

“Conselho de Segurança não tem sido eficaz em promover solução para crise na Ucrânia", diz Ronaldo Costa Filho

Embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, durante reunião do Conselho de Segurança

Apoie Siga-nos no

Em reunião do Conselho de Segurança da ONU, nesta sexta-feira 4, o embaixador do Brasil, Ronaldo Costa Filho reforçou a necessidade de criação de um ambiente propício para um cessar-fogo na Ucrânia por meio da diplomacia e do diálogo. 

“Esse não é o momento para intensificar e inflamar ainda mais a retórica, do contrário, devemos promover as conversas da paz”, disse.

Ele ainda criticou a postura do Conselho, lembrando que uma série de reuniões foram feitas sobre a situação na Ucrânia, mas o cessar-fogo não foi alcançado. 

“Não podemos ignorar o papel que o Conselho deve desempenhar, mas que não está desempenhando na situação atual. Uma série de reuniões foram realizadas nesta câmara sob a situação na Ucrânia e parece que não importa quantas reuniões convoquemos, um cessar-fogo e um fim de todas as hostilidades ainda permanece uma solução evasiva”, citou o embaixador em sua fala. 

Segundo Costa Filho, é necessário que aja uma ação de todos os membros do Conselho para ser reconstruída a confiança no órgão. 

O embaixador condenou ainda os ataques russos à usina nuclear de Zaporizhzhia, que sofreu um incêndio nesta madrugada de sexta-feira. 


Ele citou que o Protocolo da Convenção  de Genebra proíbe ataques e incursões em usinas nucleares, para garantir a segurança de seu funcionamento. 

Segundo ele, o episódio poderia ter consequências sérias, citando a possibilidade de uma “catástrofe humanitária” e um “incidente nuclear”.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.