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EUA aliviam sanções contra a Venezuela; Chevron pode retomar atividades no país
Washington elogiou o acordo alcançado entre o governo venezuelano e a oposição, no México
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Os Estados Unidos elogiaram o acordo alcançado neste sábado 26 no México entre o governo venezuelano e a oposição, que permitiu o alívio imediato das sanções de Washington à Venezuela.
“Juntamo-nos à comunidade internacional e saudamos a retomada das negociações” entre as duas partes, após quase um ano e meio de paralisação, declarou uma autoridade do alto escalão do governo dos EUA sobre as negociações relançadas no México.
A fonte destacou que o acordo representa “passos importantes na direção certa” na Venezuela, que recebeu minutos depois um alívio das sanções com a autorização de Washington para que a Chevron retome parcialmente suas atividades de extração de petróleo no país caribenho.
De acordo com o Departamento do Tesouro, a Chevron pode retomar parte das atividades da empresa da qual é co-proprietária com a estatal Petróleos de Venezuela, desde que com a garantia de que “a PdVSA não receberá nenhuma receita com as vendas de petróleo feitas pela Chevron”.
Essa suspensão parcial das disposições punitivas “reflete a política de longo prazo dos EUA, que visa um levantamento das sanções sujeito a progressos concretos” que diminuirão o sofrimento do povo venezuelano e permitirão “apoiar o retorno da democracia” à Venezuela, comentou o Tesouro.
O Departamento de Estado, por sua vez, informou que as demais sanções continuam em vigor e que os Estados Unidos continuarão a aplicá-las “vigorosamente”.
O pacto entre governo e oposição liberaria recursos venezuelanos bloqueados no exterior, segundo Caracas, que não especificou onde estão esses recursos ou seu valor.
Opositor feroz de um relaxamento da pressão contra Caracas, o influente senador democrata Bob Menéndez, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, estimou que o acordo deste sábado é “um passo urgente e necessário para enfrentar a miséria e o sofrimento do povo venezuelano”.
Menéndez destacou, porém, que “não tem ilusões” sobre a “vontade repentina” de Nicolás Maduro de agir “no melhor interesse de seu povo”.
A Venezuela está sob sanções dos Estados Unidos e da Europa, adotadas para promover a saída de Maduro do poder, mas que ao mesmo tempo agravaram a crise econômica que atinge o país sem alcançar os resultados desejados.
As negociações foram retomadas em maio com a flexibilização de algumas sanções americanas após a invasão da Ucrânia pela Rússia e seu impacto nos preços do petróleo.
O governo americano já admitiu publicamente que o petróleo venezuelano pode ser útil em um mercado internacional com preços elevados e contexto de forte inflação nos Estados Unidos devido, em grande medida, ao aumento dos preços dos combustíveis.
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